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17 de junho de 2012

NINGUÉM FICA IMUNE A ROMPIMENTOS TRAUMÁTICOS

Não foi fácil para o governador Cid Gomes encarar como normal o rompimento com o PT determinado pelo encontro do PSB na última segunda-feira. Presidente estadual da legenda, ele abriu a reunião e ouviu calado durante quase três horas e meia as argumentações fortes contra o modo luizianista de governar. Segundo relato de pessoas que participaram da reunião, era visível o seu constrangimento quando a maioria dos 50 presentes se pronunciava em favor da candidatura própria.

O governador só viria a falar no final, quando os desabafos haviam contaminado a maioria dos 50 participantes. Contra a gestão do PT, críticas ao modelo fechado de governar de um grupo composto por menos de dez pessoas, no qual é difícil até chegar perto. Elmano de Freitas faria parte dos iluminados, o que tornou inegociável o apoio do PSB ao candidato escolhido pelo PT. O governador ainda defendeu a continuidade e chegou a ponderar sobre as consequências da decisão, citando claramente os reflexos em relação à manutenção da aliança nacional. Não conseguiu o intento. O espírito do partido, que tem a pomba branca como símbolo, não era de paz.

Ciro Gomes apareceu no final e, quando chegou, a decisão praticamente já tinha sido tomada. A presença do ex-ministro, todavia, era dispensável pois coube a ele toda a articulação prévia, ao lado de Ivo Gomes, em prol do rompimento. Ao governador restou apenas, para usar uma palavra da moda, chancelar a decisão. Não sem antes reconhecer que os dias podem ser difíceis. Não porque pode vir a enfrentar oposição ferrenha na Assembleia. Esse não é o problema. Nelson Martins, Camilo Santana e Francisco Pinheiro podem ser considerados até mais cidistas do que luizianistas.(O Povo)
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